Abstrair.
Ultimamente, abstrair é o meu refúgio, onde eu descanso a cabeça da série de problemas que se perfila na minha vida. Pra minha sorte, a aula de TTT é o próprio exercício de abstração, de acordo com as fases estabelecidas hoje em aula:
1. tristeza
2. raiva
3. negação
4. aceitação
5. indiferença
Só passando por essas fases para suportar duas horas e meias semanais de um discurso obtuso e sem sentido, em que as únicas coisas aprendidas até agora foram que "ecologia" se refere a "coisas da natureza" e que strogonoff não existe. Pelo menos no semestre passado, quando nós provamos na aula de Lingüística que unicórnios existem, o raciocínio era mais divertido e proveitoso.
Enfim. Abstrair é o meu exercício de descanso, minha forma de dormir com os olhos abertos. No ônibus, especialmente, com o sol do meio-dia batendo diretamente no meu rosto enquanto sobe a Antônio de Carvalho.
Acho que só abstraindo pra não chorar. E, definitivamente, eu cansei de chorar.