Blog-diarices de uma drama queen

Roxy - Established in 08/21/1980

Jornalista não praticante, estudante de Letras, nerd, gremista, portadora do Complexo de Sininho.
Sim: filmes, seriados, café, livros, futebol, sarcasmo, John Cusack, chocolate, pop asiático, tênis, chick lit, meninos que usam óculos, yaoi.
Não: pessoas que escrevem errado de propósito, rock progressivo, filmes do Lars Von Trier, linguística, ônibus lotado, pessoas que se auto-rotulam, dirigir.

Bem Vindo À Casa de Bonecas existe, entre mudanças de nome e layout, desde outubro de 2001.












Outros domínios

:: Refém do Sofá ::
:: This is the story of a girl ::
:: Arquivo Pinklife ::

Last.FM

Blogs Amigos

Chico
Mel
Paulo
Fer
Faber
Luís
Cavinato
Cristiano
Erika
Oct
Will
Angela
Camel
Maurício
Adriana
MOX
Broo
Kamui
Dorval
Bia
Konrad
Valmor
Van
Bruno
Kelnner

Leituras Obrigatórias:

:: asian+nation ::
:: fórum asian+nation ::
:: Television Without Pity ::
:: TV Tattle ::
:: PopWatch ::
:: Uwasa BR ::
:: E! Online ::
:: IMDb ::
:: Fametracker ::

últimos posts

Passado Negro




Fangirl



I'm a Semisonic Fan!

LoVe Fan

Veronica Mars Fan

asian+nation



Powered by Blogger

30.12.05

2005?

*SO* over it.

(indo pra SP, volto ano que vem :P)

(11:43 AM) 0 doll faces


26.12.05

I shall be telling this with a sigh somewhere ages and ages hence

Ok, passou. O fim do semestre, o Natal... Mais uma semana, e 2005 já era. Ainda bem.

Não é mistério que eu tenho uma relação dualista com o Natal. Adoro o clima natalino, mas acho que é uma idéia meio mágica da minha cabeça, a de que Natal é aquela época em que tudo fica iluminado, todos ficam mais felizes e o que mais importa é estar junto, e não os presentes. Admito que seria muito mais fácil encarar as coisas dessa forma se eu morasse no hemisfério norte e nevasse durante o Natal (ou ao menos fizesse frio). Mas eu vivo no calor senegalesco e esquizofrênico de Porto Alegre, e a minha família não é exatamente o grupo de pessoas mais divertido de se estar junto por um período superior a 10 minutos, então é mais fácil eu me perguntar 1) se vou ganhar alguma coisa e 2) que horas termina a festa.

Admito que esse ano as coisas foram por um caminho mais fácil, já que anteciparam a troca de presentes na casa da minha avó pra quinta-feira, porque a tia Bê e o Guga iam pra Cruz Alta. E eu tive toda uma sexta-feira chuvosa e sem luz (fato que me rendeu uma distensão muscular por descer 10 andares de escada NO ESCURO) pra me recuperar. E, tá, tudo bem, Natal é mais divertido quando tem criança junto, então a festa na casa dos Prando foi legal pra ver a Isabella ganhar uma tonelada de presentes maiores do que ela. E tinha torta de sorvete!

Então porque o domingo foi tão ruim?

Não sei. Talvez porque meus presentes tenham sido um estojo novo de sombras (e, me dói admitir, mas aquele curso "facultativo" do Juvenil foi útil) e um Boletim de Ocorrência da Delegacia do Consumidor (long sotry short, a loja onde meus pais compraram meu computador faliu, levando metade do valor, já pago, junto). Talvez porque, depois do 18.324.734o jogo de Bejeweled 2 eu tenha perdido o ânimo. Ou a maratona de Lost e Grey's Anatomy. Não sei. Sei que chegou um ponto da noite em que eu estava me sentindo um lixo e precisava conversar, e um dos grandes motivos de eu estar chateada é justamente o fato de que, quando eu me sentia assim antes, eu costumava ligar pra uma pessoa e agora não consigo mais...

E eu sei que só por um desses milagres que se vê em filmes do Chris Columbus que passam na Sessão da Tarde na semana antes do Natal, liguei pro meu primo e ele disse "Quer que eu passe aí?" e ele foi lá em casa.

E aí que, apesar do frio (frio! no verão! em Porto Alegre), a gente conversou, riu e ele conseguiu me acalmar e dizer que eu sou uma pessoa normal e querida e competente, tudo daquele jeito tosco e completamente ofensivo que só ele consegue. Já é a segunda vez esse mês que ele me salva. Não tenho palavras pra descrever como isso me deixa feliz.

O mais engraçado é que hoje, nas random quotes do Google, tinha o final daquela poema do Frost que a gente tanto gostava na época do colégio. Tipo, total coincidência daquelas de te fazer pensar se é coincidência ou destino. Então que, apesar das crises, e das chutações de balde, e da total e completa sensação de não saber o que fazer, essas palavras marcam mais do que qualquer coisa:

Two roads diverged in a wood, and I-
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

(8:57 AM) 0 doll faces


23.12.05

May your days be merry and bright and may all your Christmases be white

Entrando no espírito da época, aí vai o Top 10 filmes de Natal da Roxy:

10. Esqueceram de mim 2 - Perdido em Nova Iorque
9. O estranho mundo de Jack
8. Natal Branco
7. Um duende em Nova York
6. Mensagem para você
5. A felicidade não se compra
4. Feliz Natal, Charlie Brown
3. Esqueceram de mim
2. Simplesmente amor
1. Milagre na rua 34

(9:17 AM) 0 doll faces


18.12.05

'Cause we were never being boring

We were always hoping that, looking back
You could always rely on a friend

(Being Boring, Pet Shop Boys)

Eu acho que já disse isso em algum outro post mas...

Provavelmente não existe combinação melhor do que amigos + músicas dos anos 80 + Polar. Acho que só seria mais perfeito se o ar-condicionado estivesse funcionando...

Mas no fim das contas, a festa do Kamui foi um sucesso, graças a um esforço coletivo - inclusive das almas bondosas que, mesmo contra os seus princípios, lotaram a pista de dança.

Fotos do evento!

E, continuando a série "graças por 2005": Dudu, Cris e Mariana, Dani e Rossana, Rodrigo, Esther, Charles e Julia, Pablo e Vanessa, Myla e DK - obrigada pela diversão que fechou com chave de ouro esse ano! E obrigada pela companhia em todas as oportunidades anteriores. Vocês são o máximo, e amigos assim não se encontra todos os dias :D

(Melhor que isso, só se tu estivesse comigo lá, amor... Mas eu prometo que logo, logo a gente comemora um aniversário de namoro juntos! Happy three months! :*)

(11:09 PM) 0 doll faces


16.12.05

Breaking up is hard to do

Querendo ou não, relacionamentos são partes fundamentais da nossa vida, constituintes do tecido cotidiano. Conscientes ou não, os relacionamentos nos moldam. Dizem muito sobre quem somos, mesmo a parte que é desconhecida de nós mesmos. Talvez por isso o fim de um relacionamento seja tão triste, desgastante, cruel.

Nos relacionamos com muitas pessoas ao longo de nossas vidas. Mesmo no curso de um dia, uma infinidade de relacionamentos se desfia, um atrás do outro, nos guiando. Como dar bom dia ao porteiro do prédio. Um mesmo gesto, ou cumprimento, repetido à exaustão, no mesmo horário, dia após dia. Aos poucos, a rotina cria entre duas pessoas uma relação de confiança. Aí não é mais só o "bom dia", a isso se acrescenta um "e esse tempo, hein?". Em dois meses, discutir futebol é pouco, e já é possível perguntar pela saúde dos filhos do porteiro, referindo-se a eles pelo nome.

Isso é um relacionamento. Por mais que não demos a isso o mesmo nome que damos a um laço familiar, a uma amizade, a um namoro. Mas não deixa de ser um relacionamento. E não deixa de ser doloroso quando esse laço se quebra. É como se a Força sofresse um abalo o equilíbrio. Como se uma parte do nosso dia deixasse de existir. É um vazio - que vai ser preenchido em pouco, ou muito, tempo, isso não importa. Importa é que ele se cria dentro de nós, mesmo que por um instante.

Mas relacionamentos também acabam por desgaste. Por um costume que vai, aos poucos, se transformando em atrito. A confiança, antes fundamental, começa a se abalar. E eufemismos como "dar um tempo" ganham força em nossas convicções.

E podem ser realmente a solução: tirar o pé, se afastar, reavaliar o modo como as coisas são conduzidas. Todas as formas de análise são válidas para determinar se aquele é um relacionamento que vale a pena ser resgatado. Às vezes permanece no limbo do tempo, e provavelmente seja melhor assim. Outras, ressurge mais forte e vigoroso, a confiança mais intacta do que nunca.

É certo que determinados tipos de relacionamento só podem ser efetivamente julgados quando postos à prova. É uma pena que nem todos passem no teste. Pode ser apenas temporário. Mas não deixa de ser um vazio.

(E, antes que pensem bobagem, isso é um reflexão acerca de relacionamentos em geral. O Chico e eu estamos bem, obrigada.)

(7:29 PM) 0 doll faces


15.12.05

So close to me

Final de ano, Natal, e começam listinhas do tipo "dou graças por...". Acho legal agradecer pelas coisas boas do nosso ano, intenção religiosa à parte. Afinal, nem todos os anos são bons, mas todos os anos têm seus pontos altos. Eu tinha uma teoria sobre anos pares e ímpares, e posso dizer que os ímpares não gozavam de uma boa reputação comigo. Bem, 2005 não chega a ser um 1994 (ou um 1996 que, aparentemente, foi o único ano realmente bom da minha vida), mas chegou lá. E é ímpar.

Mas acho que, de todas as coisas que aconteceram em 2005, o que eu mais sou grata é pela conexão rápida de internet que eu tenho em casa e no trabalho. E pelo MSN. E pelo GMail. E eu só não digo "pelo Skype" porque a conversa de voz do GoogleTalk é melhor. Mas sou grata a eles também.

Eu aprendi, de uma forma ligeiramente bizarra, ao longo de 2003, o valor que essas coisas tinham pra mim. Sabe aquela história de "unir pessoas distantes, facilitando a comunicação"? É verdade. É a mais pura verdade.

Porque, sem esses recursos, eu não teria passado o ano fazendo planos com a Lilica. E, pra quem passou anos falando com a melhor amiga só duas vezes por ano, inventar um plano novo a cada duas semanas foi mais do que ótimo. Falar com ela todos os dias foi muito bom. E a gente se viu!!! (Numa viagem que rendeu outras coisas ótimas, também alcançadas graças à conexão rápida).

Também sou grata à internet porque me permite, hoje, 15 de dezembro, aniversário da Lilica, dizer pra ela todas as coisas que eu queria dizer, mas que o telefone e a vida social dela me impedem de dizer:

Amiga, são mais de 13 anos juntas e, apesar da distância, eu não sinto que a nossa amizade mudou. Pelo contrário, ela fica cada dia mais forte, mais divertida, porque tu continuas sendo a pessoa fantástica que eu conheci naquela aula de Artes.

Hoje é teu aniversário e, mais uma vez, não vou passá-lo contigo. Espero ansiosamente que um dos nossos planos mirabolantes dê certo e que isso seja remediado no ano que vem. Aí nós festejaremos enlouquecidamente, ao som de Cyndi Lauper e muita, muuuuuita... ahn... Coca Cola? :P

Hoje também é outro aniversário, lembra? Hoje faz 10 anos que tu foste embora de Porto Alegre. E foi naquele 15 de dezembro que nós ficamos paradas na esquina do colégio, chorando feito crianças, prometendo não esquecer uma da outra.

Pois aí está. Durante metade das nossas vidas nós fomos amigas, provando que, de alguma forma, aquela promessa se manteve.

Obrigada por continuar sendo a amiga maravilhosa que tu és. Obrigada por continuar na minha vida.

Te amo. Muito. Always.

(7:46 AM) 0 doll faces


13.12.05

I don't practice santeria, I ain't got no crystal ball

Eu amo meu primo.

Sério.

Porque ele parece ser a única pessoa, no momento, que entende o que eu tô sentindo. Ou, pelo menos, é o único que não acha que eu tô a) exagerando, b) reclamando sem motivo ou c) surtando por motivos completamente nada a ver com os reais motivos do surto.

E tudo isso só pelo tom da minha voz!

Nesses tempos em que parece que tudo o que eu digo sai de forma errada, e acaba ofendendo os outros sem que essa fosse a minha intenção, ser compreendida sem precisar explicar é muito, muito reconfortante.

(9:51 AM) 0 doll faces


12.12.05

I Wish

I wish I could be anyone but the one that I am now
I wish I could see any scene but the one I hang around
I wish I could do anything but the things I always do
No matter how I try to sing along
Something is always wrong
What I wish I knew

I wish I could drive in the car that you drive around the Bay
I wish I could ride in the back seat you're riding in today
I wish I could be more like someone you wish that I could be
No matter how I change it anyway
You won't even say if you really want me

I can try to please you
Get down on my knees for you
Go outside and freeze for you
Cross the high seas for you
Whatever you need me to
I can climb the trees for you
Twist in the breeze for you
But there's one thing that I can never do
I can't believe for you
I can't believe in me for you

I wish I could turn into somebody far, far away
I wish I could make myself satisfactory in every way
I wish I could know whether you really know what you need
If I could only be somebody else
I wouldn't be myself
And maybe you'd want me

I can try to please you
Get down on my knees for you
Go outside and freeze for you
Swim the high seas for you
Whatever you need me to
I've been climbing the trees for you
Twisting in the breeze for you
But one thing I can never, never do
I can't believe for you
I can't believe for you
I can't believe in me for you

(12:31 AM) 0 doll faces


11.12.05


My idea of an agreeable person is a person who agrees with me.
- Benjamin Disraeli

(12:39 AM) 0 doll faces


6.12.05

I was just a fool for you, there was nothing I could do

Eu não sei quando isso começou, mas de repente percebi que tudo estava no cheiro. Não um perfume qualquer, comprado; ou aroma artificial. Mas aquele cheiro natural, o cheiro da pele. Eu já sabia disso quando nós nos conhecemos, que tudo estava no cheiro.

Eu tinha medo de senti-lo.

Numa total incoerência, a coisa mais inesperada aconteceu de forma planejada. Não um plano maléfico, arquitetado. Mas um desejo latente de alguns meses subitamente transformado em impulso. Em urgência. Como se o medo de sentir estivesse pouco a pouco sendo substituído por um medo ainda maior: o de não poder sentir.

Eu agi por medo.

Medo porque, até aquele momento, as coisas aconteceram de um modo meio doido, meio mágico. Até aquele momento, eu não esperava que as coisas dependessem do cheiro. Neurótica que sou, já tinha antecipado mil vezes aquele fim, e em todos a culpa era minha. Se algo desse errado, era eu. Eu era errada. Eu não era certa.

Mas, naquele momento, eu era.

Foi um momento construído com os elementos mais dramáticos possíveis. Uma quase conspiração universal contra nós. Parecia que o momento não chegaria nunca. Parecia que a distância nunca diminuiria. O relógio corria preguiçoso, pois não era dele a pressa.

Chegamos aqui.

Por um instante, respirei fundo. Contei os passos, evitando assim cair com o nervosismo. Senti o vento gelado no rosto assim que passei pela porta, mas já não via mais nada pela frente. A chuva começava a cair e eu só pensava em seguir em frente. Estendi o braço.

Senti.

E naquele momento, não havia chuva, não havia medo, não havia cansaço. Só um abraço quente, em meio à noite fria, e a sensação iminente de que tudo valera a pena. Poucas palavras, minutos que duraram horas, e eu ainda sinto aquela mão quente segurando a minha e me levando para longe dos sons, das pessoas, do frio, e da chuva.

***

Às vezes, quando me sinto sozinha, sinto o teu cheiro, tal qual senti na primeira vez em que te abracei. Dói, mas eu carrego comigo, porque é a parte de ti que sempre me acompanha.

(12:47 AM) 0 doll faces