Blog-diarices de uma drama queen

Roxy - Established in 08/21/1980

Jornalista não praticante, estudante de Letras, nerd, gremista, portadora do Complexo de Sininho.
Sim: filmes, seriados, café, livros, futebol, sarcasmo, John Cusack, chocolate, pop asiático, tênis, chick lit, meninos que usam óculos, yaoi.
Não: pessoas que escrevem errado de propósito, rock progressivo, filmes do Lars Von Trier, linguística, ônibus lotado, pessoas que se auto-rotulam, dirigir.

Bem Vindo À Casa de Bonecas existe, entre mudanças de nome e layout, desde outubro de 2001.












Outros domínios

:: Refém do Sofá ::
:: This is the story of a girl ::
:: Arquivo Pinklife ::

Last.FM

Blogs Amigos

Chico
Mel
Paulo
Fer
Faber
Luís
Cavinato
Cristiano
Erika
Oct
Will
Angela
Camel
Maurício
Adriana
MOX
Broo
Kamui
Dorval
Bia
Konrad
Valmor
Van
Bruno
Kelnner

Leituras Obrigatórias:

:: asian+nation ::
:: fórum asian+nation ::
:: Television Without Pity ::
:: TV Tattle ::
:: PopWatch ::
:: Uwasa BR ::
:: E! Online ::
:: IMDb ::
:: Fametracker ::

Passado Negro




Fangirl



I'm a Semisonic Fan!

LoVe Fan

Veronica Mars Fan

asian+nation



Powered by Blogger

6.12.05

I was just a fool for you, there was nothing I could do

Eu não sei quando isso começou, mas de repente percebi que tudo estava no cheiro. Não um perfume qualquer, comprado; ou aroma artificial. Mas aquele cheiro natural, o cheiro da pele. Eu já sabia disso quando nós nos conhecemos, que tudo estava no cheiro.

Eu tinha medo de senti-lo.

Numa total incoerência, a coisa mais inesperada aconteceu de forma planejada. Não um plano maléfico, arquitetado. Mas um desejo latente de alguns meses subitamente transformado em impulso. Em urgência. Como se o medo de sentir estivesse pouco a pouco sendo substituído por um medo ainda maior: o de não poder sentir.

Eu agi por medo.

Medo porque, até aquele momento, as coisas aconteceram de um modo meio doido, meio mágico. Até aquele momento, eu não esperava que as coisas dependessem do cheiro. Neurótica que sou, já tinha antecipado mil vezes aquele fim, e em todos a culpa era minha. Se algo desse errado, era eu. Eu era errada. Eu não era certa.

Mas, naquele momento, eu era.

Foi um momento construído com os elementos mais dramáticos possíveis. Uma quase conspiração universal contra nós. Parecia que o momento não chegaria nunca. Parecia que a distância nunca diminuiria. O relógio corria preguiçoso, pois não era dele a pressa.

Chegamos aqui.

Por um instante, respirei fundo. Contei os passos, evitando assim cair com o nervosismo. Senti o vento gelado no rosto assim que passei pela porta, mas já não via mais nada pela frente. A chuva começava a cair e eu só pensava em seguir em frente. Estendi o braço.

Senti.

E naquele momento, não havia chuva, não havia medo, não havia cansaço. Só um abraço quente, em meio à noite fria, e a sensação iminente de que tudo valera a pena. Poucas palavras, minutos que duraram horas, e eu ainda sinto aquela mão quente segurando a minha e me levando para longe dos sons, das pessoas, do frio, e da chuva.

***

Às vezes, quando me sinto sozinha, sinto o teu cheiro, tal qual senti na primeira vez em que te abracei. Dói, mas eu carrego comigo, porque é a parte de ti que sempre me acompanha.

(12:47 AM) 0 doll faces


links to this post
Comments: Postar um comentário