Fazia tempo que eu não sabia o que era estar sozinha em casa.

É muito, muito bom. Mesmo que só por duas ou três horas.

Claro, as circunstâncias não são das melhores: meu pai, gremista fanático, foi no cinema pra não sofrer durante o jogo. Minha mãe e minha irmã, Pottermaníacas, foram ver O Cálice de Fogo.

E eu, gremista e em fim de semestre, estou tremendo que nem vara verde, sem saber se é por causa da maldita decisão de campeonato ou pela perspectiva de analisar "o sistema de artes do RS e a sua relação com o público" pro trabalho do Paulo Gomes.

Ontem vi Nobuta wo Produce, um seriado japonês, com a minha irmã. Orientais com problemas sérios de postura, soltando gritos histéricos numa história sem sentido.

E depois a louca sou eu, só porque sonhei que era amiga do Bill, um parafuso falante que mora no escorredor de louça. Rá!

(Eu culpo a documentação-slash-testes por esses sonhos.)


[Adendo pós 18h30min]

Acho que essa é a maior PI do universo, entender os mecanismos desse amor incondicional, absoluto, cego, fiel e completamente absurdo que é o futebol. Porque pra quem não tá na PI, ficar gritando enlouquecidamente na janela, numa tarde quente de primavera, pode parecer insano. Mas aquele grito de "tinham 7 em campo e um pênalti contra" sai de repente, e aí cai a ficha de que É CAMPEÃO e que ano que vem as coisas voltam ao normal.

É irracional, eu sei. É patético, eu sei. Mas eu amo o Grêmio, e nada pode ser maior.