Não bastasse eu continuar na crise "o que fazer com a minha vida?" (e ser uma sortuda dos infernos por ter o Chico. na minha vida, porque só a paciência de santo dele pra me agüentar. Mesmo quando gurias estranhas aparecem na casa dele, DO NADA, ÀS 10 DA NOITE, SEM AVISAR, "só pra conversar" e interrompem a nossa conversa...), hoje eu acordei UMA HORA E SETE MINUTOS atrasada. E sexta é o dia de ter aula com a Louca dos relógios, a mulher que determinou que ao invés das 7h30min, a nossa aula começa às 7h50min (o que, pra mim, dá na mesma, porque eu tenho que acordar às 5h30min igual). Com isso em mente, imaginem o meu nível de stress quando eu percebi que eu acordei DEPOIS da hora em que eu deveria ESTAR NO ÔNIBUS.
Engoli uns pingos de café (porque nem uma xícara inteira deu tempo de tomar), saí correndo e, *CLARO*, o T8 passou quando eu ainda estava na frente da DaMassa. Mais cinco minutos na parada e... O ônibus vai lenta e calmamente pela Goethe (como se ninguém ali dentro estivesse com pressa, *HELLO!*) e eu e o meu estômago vazios temos que presenciar o cadáver de um motoqueiro estirado no meio-fio. Haha. (Acho que foi a maneira que Murphy encontrou de provar pro Chico que nem sempre dá pra olhar o lado bom da vida).
Claaaaaro que eu (e a Estela Rúbia) cheguei *apenas* 5 minutos atrasada. Tivemos que agüentar a Louca dando discurso sobre como a interrupção de pessoas atrasadas em sala de aula deixa ela "estressada". Tia, vem aqui que eu vou te mostrar stress!
Depois de uma hora e meia de muuuuuuuuuuuuuuita enrolação, só pra dizer que na aula que vem nós vamos discutir advérbios, eu saí correndo (e arrastando o Vini) pro DAEMA. Enquanto ele foi bater ponto no banheiro masculino, fui no Antônio. Pedi um salgado e um café (porque meu estômago esqueceu o motoqueiro, mas não esqueceu que estava vazio). Depois de uma longa discussão com a Vera a respeito dos diferentes tipos de pastel de queijo que eles fabricam, ela me fez dar a volta no balcão pra apontar a localização exata do pastel de 4 queijos, pra evitar trocas ou erros. Beleza... Subi pra encontrar o Vini, LOUCA DE FOME, e dei minha primeira mordida... num pastel de FRANGO COM CATUPIRY.
Nem deu tempo de ir reclamar, porque uma ABELHA resolveu se enamorar de mim, e eu me irritei, e joguei o café pra dentro do organismo, enquanto arrastava o Vini pro DAEMA. Lá, uns minutinhos numa fila GIGANTESCA (mas não a ponto de chegar até a escada), conversando com a Gi e o Adriano quando chega a minha vez. E daí que QUEM DISSE QUE A PORRA DA PASTA DE LITERATURA CANADENSE TAVA LÁ? Pensei em mil maneiras de torturar o monitor, porque eu precisava tirar o xerox do conto pra ler e analisar até segunda... (O jeito foi dar um Google no nome do autor e copiar todos os ensaios a respeito do conto que eu achei). Olhando desesperadamente pro relógio, fui pro Instituto assinar a lista de suicí... ops, monitores voluntários no Departamento de Línguas Modernas. Porque eu sou louca e masoquista.
Eram quase 10h30min quando eu finalmente peguei o ônibus pra ir trabalhar. Quase 11h quando eu efetivamente me cerquei de livrinhos e mergulhei no trabalho. O lado bom de trabalhar com livros? Mexer com coisas legais, tipo a série Perry Rhodan (que a Carla Maicá já prometeu separar só pra mim, já que as outras gurias não gostam tanto). O lado ruim? Rinite alérgica (e a conjunção cósmica "ar condicionado + poeira" que só um sebo faz por você).
Lá pelo meio-dia, dona Iris liga atrás do telefone do pepsi. Ela tinha combinado de encontrar com ele pra encerrar os meus laços financeiros e espirituais com a terapia, mas ele não tinha aparecido. "Sabe quem é que tá lá em casa?", diz ela. "A Yoko!". Levei alguns segundo pra entender a lógica Yoko = Chieko, a nossa amiga japonesa que agora dá aulas de conversação pra Clau.
Às 15 horas, depois de 4 horas e 10 minutos semi-ininterruptos de trabalho, dei o dia por encerrado e vim pra casa. Mais tarde vou lá pra Mercadinho buscar o Dudu pra gente ir pro Cavanhas.
Porque eu tenho 25 anos, estudo, trabalho, e hoje é sexta-feira E EU MEREÇO ME DIVERTIR!