Blog-diarices de uma drama queen

Roxy - Established in 08/21/1980

Jornalista não praticante, estudante de Letras, nerd, gremista, portadora do Complexo de Sininho.
Sim: filmes, seriados, café, livros, futebol, sarcasmo, John Cusack, chocolate, pop asiático, tênis, chick lit, meninos que usam óculos, yaoi.
Não: pessoas que escrevem errado de propósito, rock progressivo, filmes do Lars Von Trier, linguística, ônibus lotado, pessoas que se auto-rotulam, dirigir.

Bem Vindo À Casa de Bonecas existe, entre mudanças de nome e layout, desde outubro de 2001.












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17.8.06

For alarmingly large chunks of an average day, I am a moron

A frase do título, proferida logo nas primeiras páginas de Fever Pitch, é a síntese do que é a obsessão. No caso, a obsessão por futebol, o que o Nick Hornby descreve magistralmente nesse livro.

Mas depois de ontem, e depois das manifestações diversas que eu vi e que atiçaram o meu lado superprotecionista das coisas que eu amo, tinha que ser o Tiago pra dar a melhor resposta sobre o quê o futebol representa. Faço minhas as palavras dele (espero que com a permissão do mesmo):

Eu entendo esse teu estranhamento... Mas também compreendo a identificação de massa que o futebol causa (até porque estou nesse barco). Também é assim com a religião, e já foi com a política... Identidades sociais que se diferenciam das outras porque mexem com sentimentos arraigados no estrato público.

Notadamente com a bola... Dar ao povão uma chance de vencer, de conquistar algo - um título, um campeonato, às vezes até uma partida... Uma identidade coletiva que se forma entre torcedor, jogador e clube, unidos pela paixão (e às vezes pelo ódio), representados por guerreiros dentro de campo...

Não é nada novo... Vale lembrar dos coliseus romanos... A catarse coletiva era semelhante, eu imagino.

Acho que esse tipo de coisa não acontece com outros campos - principalmente o da cultura, como tu citastes - porque não há tanta paixão envolvida. Se fãs de - por exemplo - Spielberg tivessem crescido torcendo por ele, vendo um filme a cada semana, aprendendo a lidar com a derrota e a vitória com o ídolo, usando camiseta com uma foto do barbudo uma vez por semana, aposto que muita gente ganharia o Oscar, sim :-)

Pô, aqui em POA (deve acontecer com outros clubes também) os bebês já nascem com time! Pai e mãe compram tip-top como uniforme do clube, penduram flâmula na porta do quarto, até nos anúncios de jornal comunicando o nascimento já colocam o escudo do time!

Não é exatamente uma transferência, como tu dissestes... É uma identidade. Brasileiro, tantos anos, RG n° tal, tipo de sangue, clube do coração. Neguinho na pindaíba se vangloria porque é só na identidade do futebol que ele consegue vencer. Enquanto houver o radinho de pilha, o futebol jamais vai diferenciar pobre de rico.

De qualquer modo, sim, tem muita gente que só gosta de dizer que ganhou, e esse me parece um fenômeno mais fácil de observar com a Seleção... Galera que não lê notícia, não acompanha, não assiste jogo, mas não resiste a uma comemoração, sair na rua gritando "eu sou campeão"... Tem muita gente assim. E isso é totalmente "gozar com o pau dos outros", porque a sensação que fica depois é a de vazio completo; comemorou-se algo do qual não se fez parte. Essa atitude, aliás, não fica restrita ao futebol. Tem gente que age assim com qualquer coisa, só pra ter a sensação de não estar perdendo.

E quando se cresce aprendendo a amar as cores de um time, esperando o jornal de segunda pra ler a resenha completa do jogo, juntando pila pra comprar camiseta e enfrentando segurança pra pedir pro jogador autografar, viajando quilômetros e quilômetros pra assistir jogo, tendo gravada na memória as escalações vitoriosas do clube... Aí, meu velho, se ganha junto com o time, sim senhor! :-D

(pena que não tem divisão de lucros... eheheheh)


***

Como eu sempre digo pro Thomaz, eu sou uma gremista solidária.
Ao que ele sempre responde: "É porque tu é uma pessoa melhor do que eu."

Parabéns, colorados. Mas não abusem.

(10:02 PM) 0 doll faces


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