1. A Hora do Amor, Álvaro Cardoso Gomes - O Álvaro é um excelente escritor, tanto de literatura juvenil quanto de literatura adulta. Mas esse livro, que é um clássico das professoras de Português do 1° Grau é fantástico porque conta de uma forma primorosa como era ser um adolescente no Brasil nos anos 60. E quando eu li, lá pelos anos 90, não era tão diferente assim, sabe? Me fez enxergar de forma diferente tudo o que os meus pais diziam que começava com "quando eu tinha a tua idade" porque eu percebi que eles poderia saber, sim, o que eu estava sentindo. E o Beto é o máximo - definitivamente entraria numa lista de fictional boyfriends.
2. Senhora, José de Alencar - As pessoas estranham o fato de eu gostar de José de Alencar, até eu dizer que é dos romances urbanos. Aí rola um "é, sei, Lucíola..." e eu digo "NÃO! Senhora é muito melhor!". Acho que é porque, ao contrário de Lucíola, Senhora não apela pro moralismo deprimente no final: é moralista? É, mas de uma forma mais humana e, embora extremamente triste em determinados momentos, a relação entre a Aurélia e o Seixas é um tanto Austeniana. O que obviamente me deixa feliz.
3. O Guia do Mochileiro das Galáxias, Douglas Adams - O melhor livro de filosofia EVER! E eu não só entendi, como dei risadas.
4. Febre de Bola, Nick Hornby - Fever Pitch é fantástico porque não é um livro sobre futebol, embora em qualquer página que se abra, existe a descrição de um jogo do Arsenal. Fever Pitch é um livro sobre obsessão, e sobre como as obsessões nos regem e nos guiam e tomam conta da nossa vida de tal forma em que precisamos escolher entre a razão de nossa obsessão e o resto. E geralmente o resto sai perdendo.
5. Persuasion, Jane Austen - Ah, sim, e eu ia deixar Miss Austen de fora? Não é só porque Persuasion é o meu atual foco de obsses-... digo, pesquisa, mas é porque realmente é o meu livro preferido dos seis romances principais. Isso porque, por mais divertido que seja ver a Lizzie e o Darcy brigarem, nada supera os joguinhos de ciúme da Anne e do Frederick. E, mesmo não sendo dramalhão como Sense and Sensibility, tem conflitos o bastante pra manter a trama divertida. E, não só por ser mais velha, mas por ser mais sensata, a Anne é muito mais divertida (mesmo em seus momentos "vítima") do que a Emma. Ou seja: tudo o que eu acho maravilhoso na obra da Jane Austen está presente nesse livro. Como não adorar?
(eu não vou passar pra ninguém porque todo mundo que eu conheço já deve ter recebido isso e, se não postou, é porque não quer fazer, então... faça quem quiser :))
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