Sério. Tipo, por uma pessoa real. E nem é famoso. É uma coisa completamente platônica, sem chance alguma de levar a algo sério, mas é isso. Paixonite. Depois de tanto tempo sem sentir isso, eu quase não me dei conta. Quando percebi, vi o quanto posso me divertir com isso.
Descobri que a vantagem de se ter uma paixão platônica depois de adulta é que não existe mais aquela urgência de adolescente. Eu não vou morrer se nunca chegar perto dele. Eu não vou chorar rios e rios de lágrimas porque ele não me dá atenção. É tão mais prático. Tão mais simples. E tão menos vazio do que o que eu sentia antes: nada. A verdade é que eu estava com saudades de estar apaixonada.
Ok, gostar de alguém e não ser correspondida geralmente não é legal. Mas isso é quando a gente *quer* ser correspondida. Eu não quero. Eu gosto assim mesmo, à distância. Só curtindo e aproveitando o que esse cara me traz de bom, o quanto ele me faz bem. Ele nem precisa ficar sabendo, não faço questão.
E ele é o máximo. Ele é lindo, inteligente, muito querido e a gente se adora. Conversa direto. Se dá super bem. Morro de saudades quando a gente se desencontra e fico toda feliz quando a gente se fala. Só sei que ultimamente, meus dias não são os mesmos sem ele. Meu baby. E só sei que tem dias terríveis, em que tudo fica melhor depois de ouvir a voz dele.
Ele nem desconfia. E nem nunca vai saber. Porque não precisa, sabe? Desde que fique assim, platônico, pano-de-fundo, essa paixão é só minha e não faz mal a ninguém.
A outra vantagem de paixões platônicas depois de adulta? Meu salário cobre eventuais porres necessários.
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