Então ontem estava eu às 11h40min ouvindo jogos de tênis e esperando uma solicitação de seguro para fechar, já pensando no almoço de mamãe, quando senti um forte cheiro de queimado.
Pergunto para o Léo, estagiário com quem divido a sala (o Rodrigo está de férias, então só sobrou a gente) se ele sentia alguma coisa. Ele me diz: "Eu não sinto nada, meu nariz tá entupido".
O cheiro continua e eu me abaixo, já pensando que o emaranhado de fios que sai do meu CPU é o culpado. O cheiro fica mais forte. O Léo diz para eu desligar o computador e ir almoçar. Desligo.
O cheiro piora.
Nisso, o André (que fica na sala da frente) vem, e realmente vê que o cheiro de queimado é forte na minha mesa. Mas sugere: "vê se não é no corredor".
Abrimos a porta e...
Damos de cara com um senhor incêndio.
Olha, agora eu *literalmente* sei o que é uma cortina de fogo.
O corredor da nossa sala não é nada de mais. Aliás, é minúsculo. É só um quadradinho de concreto que dá passagem para as quatro salas do andar, o elevador e a escada de incêndio, não mais do que dez passos pra cada lado. Metade dele é um vão que vai do térreo ao sexto andar.
Não dava pra enxergar as portas da frente.
Como a sala em frente é uma clínica de terapias variadas, apelidamos o lugar de "Zen", porque volta e meia ele deixa a porta aberta com músicas relaxantes tocando. No corredor, entre a porta da clínica, e o nosso vizinho de lado, existia uma planta e uma poltrona.
Existia.
Quando o André abriu a porta, a planta já estava tomada pelo fogo e tinha tombado em frente à nossa sala. Não tinha como sair, já que o fogo estava entre a nossa porta e a saída de incêndio [/ironia].
Foi uma coisa meio desenho animado, porque foi abrir a porta e ver aquele caos, o André fechou rapidinho e todo mundo se olhou e começou a rir: "Fogo!".
Nisso uma fumaça preta entra na nossa sala e, no desespero, corremos para o corredor da outra torre (nossas salas são em blocos diferentes, interligadas por uma porta), onde pegamos o extintor. O Léo e o André tentam usar, mas só sai um esguicho. Desesperados (e já intoxicados com a fumaça que começa a tomar conta da nossa sala), saímos correndo pela outra porta, e descemos as escadas.
Por sorte tem um quartel de bombeiros aqui perto e a ajuda chegou rápido.
Sei que as minhas pernas ainda tremem. Quando voltei pra casa e contei para a minha família, eles não deram muita bola. Sim, foi um susto, mas o fogo não foi no corredor? Só ontem de noite, quando fui fechar as janelas da sala (que nós deixamos abertas para ventilar, porque o cheiro de fumaça é muito forte) é que a minha mãe viu o quão perto eu estava do incêndio.
* Valeu Cris! Vou passar o fds com essa música na cabeça! ¬¬
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