Então que uma das minhas leituras diárias é o PopWatch, e o Slezak (um dos bloggers) volta e meia propõe o Jogo do Shuffle: deixar o mp3 player no random e ver quais são as 5 primeiras músicas que tocam e o que elas têm a ver contigo.

É um jogo interessante, especialmente pra quem - como eu - acredita no poder oracular da função shuffle. Meu mp3 player geralmente adivinha o meu humor e só toca coisas adequadas - se é bom ou ruim, não sei. Obviamente, de vez em quando eu surto e ouço só o álbum do Mika, mas ouvir as mesmas 10 músicas over and over again não rola.

Então hoje, na longa viagem até o Vale, resolvi brincar com o shuffle. As músicas que tocaram, e o que elas têm a ver comigo são:

1. Absolutely Cuckoo, The Magnetic Fields - É auto-explicativa.

2. Looking At The World From The Bottom Of A Well, Mike Doughty - Resume minha atual situação.

3. Act Naturally, Semisonic - Meu shuffle sabe que não pode faltar Semisonic. Aí ele vai lá e escolhe uma música sobre manter as aparências em tempos de crise. Hmmm...

4. Anybody Want To Take Me Home?, Ryan Adams - Rá. Ryan Adams carente. Eu também andava carente, mas a professora do Valter desertou ele, então eu ganhei colo a manhã inteira e tô melhor.

5. FNT, Semisonic - Acho que o shuffle ficou com pena de mim e resolveu animar um pouquinho a minha viagem. Além de FNT ser legal, também é trilha de 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você (toca na cena do paintball). Aliás, faz muito tempo que eu não vejo esse filme (que eu já assisti 63 vezes). Hora de consertar isso.

[Depois desse momento oráculo, o shuffle surtou e tocou Cartoon Heroes do Acqua.]

Os melhores momentos aqui no escritório geralmente são a segunda-feira de manhã, quando eu chego uma hora antes que o resto do pessoal, ou os finais de tarde, já que eu sou sempre a última a sair.

Silêncio quebrado só pelo barulho do meu teclado.

Engraçado como as coisas mudam. Em outros tempos, eu usaria a faculdade como refúgio (e até desculpa) dos estresses do trabalho. Hoje, é o contrário. Vir pra cá me dá uma paz tremenda, mesmo quando bombas estouram. Felizmente, são poucas que estouram na minha mão: as que estouram à minha volta são quase uma novela mexicana, na qual eu sou tão viciada que mal posso esperar pelo próximo capítulo.

Quando eu trabalhava no Juvenil, eu blogava direto. Direto de postar três a quatro vezes por dia. Às vezes mais. O que mudou? Não, não é que eu cansei. Se eu quisesse, fazia jus à minha tagline e isso aqui virava mais diarinho do que nunca. O que não é ruim, se for pensar...

Então vamos ver se a fase diarinho impulsiona o meu ânimo de blogar novamente?

***

Quarta-feira, véspera de feriado. Depois de três anos e meio, saí pela primeira vez com o pessoal da Letras. Uhu. Aniversário do Gustavo no Cavanhas, lotadaaaaaaaço (ocupamos metade da varanda do segundo andar). Conheci muitas gentes e reencontrei outras tantas. Eu e o Gilberto discutimos filmes adolescentes obscuros dos anos 80 enquanto a Fernanda reclamava do namorado. A vaca que eu dei pro Gustavo (total PI) fez sucesso.

Foi muito divertido e deu a sensação de "por que eu não fiz isso antes?".

O feriado foi completamente perdido. Mas eu vi o primeiro episódio de Gossip Girl (pretendo aproveitar esse surto bloguístico pra atualizar o RdS)

A sexta-feira teve seus momentos, em especial à tarde, porque ser a favorita de alguém é sempre divertido... Mesmo que de brincadeira e à distância. E mesmo que ele venha a ler esse blog, ele não vai entender nada porque o português dele é bom, mas não tão bom assim ;).

Na sexta, ainda, assisti o primeiro episódio de Life on Mars, para alegria geral da nação (ou pelo menos da Fer, do Chico e do Juliano), mas não estava no estado de espírito necessário para apreciar tal obra. Verei novamente, em momento mais propício.

Sábado chegou meu pacotão de DVDs: Mensagem Para Você, Tudo Acontece em Elizabethtown, Antes do Amanhecer, Antes do Pôr-do-Sol, Orgulho e Preconceito e a edição especial de As Patricinhas de Beverly Hills. Obviamente o sono (e minhas outras obsessões, tipo futebol, rugby, pôquer e futebol americano) foram mais fortes, e eu ainda não vi nada. Mas minha mãe finalmente achou Froot Loops no super, e o Grêmio ganhou :).

O domingo foi chuvoso, chato, bobo e feio (mas os Patriots ganharam :D).

Hoje, como toda segunda-feira, foi um dia em partes. WS de manhã, casa, Vale, WS... Agora vou pra casa, e não sei se leio, se vejo filmes, se vejo seriados ou se durmo.

Ultimamente dormir têm sido a melhor opção, sempre.

Acho que o que mais de desmotivou a escrever no blog é que, quando se chega ao ponto em que até a pessoa que é paga pra te escutar não te entende, tem alguma coisa errada contigo.

Ok, o blog ainda durou um ano e alguma coisa desde que eu parei a terapia, mas dá pra perceber que isso vem de um longo tempo.

Eu não sei mais dizer o que eu quero dizer sem 1) ofender, 2) magoar, 3) irritar ou 4) confundir as pessoas. Isso me deixa triste, frustrada e me faz sentir extremamente solitária.

E não, não é uma questão de ter ou não ter amigos. Eu tenho amigos maravilhosos, sei disso. Mas ultimamente ou o tempo não permite que eu aprecie a companhia deles como deveria ou essa sensação esquisita de incompreesão me impede de confiar neles pra tirar um pouco do peso.

Pra não pensar nisso tudo, acabo me afundando em guilty pleasures que às vezes me deixam ainda pior. E é tão estranho e tão complicado que até colocar em palavras me deixa triste.

Argh.

Argh.

AAAAARGH.