* Não é segredo que eu adoro mega-eventos esportivos. Então é *claro* que, desde sábado, eu só vejo as Olimpíadas de Inverno. Além de alguns esportes bem legais (Luge! Curling! Combinado nórdico! Patinação!) eu também gosto de me imaginar lá, no meio de toda aquela neve. Hmmm, neve...
* Estou viciada em
Changing Rooms,
While you were out e
Extreme Makeover: Home Edition. Mas ainda não me animei a terminar de arrumar o meu quarto...
* Eu tenho crises existenciais humanitárias, do tipo perceber que o mundo não presta e a humanidade provoca o caos e desejar ardentemente que o Godzilla ressurja do fundo das águas e acabe logo com isso. Mas depois passa. (
Note to self: Não ver mais filmes do tipo
Syriana ou
As bruxas de Salem).
* E hoje começa a etapa Hollywood de
American Idol! Yay!
* Episódios novos de
Veronica Mars só a partir de 8 março... SOCORRO!
* Notícia bombástica no
Refém do Sofá.
Long time no see... As coisas andam estranhas... Eu ando estranha.
Eu não sei mais quem é aquela menina no espelho.
Talvez porque eu não seja mais uma menina, embora às vezes me sinta uma.
Ou talvez porque eu me sinta velha.
Ou talvez, apenas talvez, porque eu não consigo fazer a minha cabeça parar, mesmo quando tudo o mais está quieto.
A essa altura eu já não sei mais se é de propósito ou inconsciente.
Eu sei que é um joguinho mental cansativo, e eu estou perdendo. Me proteger o tempo todo, acordar com medo, não abrir a boca pra não ser acusada de "malcriada" ou "grossa". Porque, aparentemente, não saber porque os jornais não publicam a programação da Globonews é ser grossa. E a culpa do queijo ter acabado é minha (mesmo que eu tenha comido só 2 fatias de queijo na última semana).
Nada do que eu faço presta. Nada do que eu faço é suficiente.
Tudo o que eu digo é pra ofender, mesmo que seja simplesmente "bom dia".
A culpa é sempre minha, e eu não tenho direito algum.
Simples assim: eu abro mão da minha vida, da minha sanidade, da minha alma.
Acho que eu procuro sarna, sabe...
Quando eu fazia Jornalismo, era sempre aquele olhar irônico seguido da afirmação "mas esse curso é barbada, o que vocês aprendem? A escrever?". Pior ainda que, sendo famequiana, sempre tinha as implicações de estudar numa faculdade que era "só festa". E, no meio de tudo isso, a briga do diploma com aquela juíza lá de São Paulo.
Era realmente difícil me levar a sério como jornalista quando 99,87% da população mundial (a.k.a. os "não-jornalistas") não levam a sério o que se faz em uma redação.
E, claro, quando eu resolvi fazer uma segunda graduação, tinha que escolher Letras!
E ouvir, infindáveis vezes, "mas tu vai ser professora?? Pra quê??? Ganha mal!". Não adianta explicar a diferença entre Bacharelado e Licenciatura. Na cabeça do povo, é tudo professor, todos ganham mal.
Daí que eu faço Bacharelado. Tipo, estudar Teoria da Tradução. Os professores martelando o tempo todo no nosso ouvido que "saber a língua não faz de ninguém tradutor", que "traduzir não é só olhar no dicionário e escrever", essas coisas.
Aí tu começa a realmente levar a sério o trabalho de um tradutor, começa até a perdoar coisas que a Lia Wyler fez em Harry Potter (mas nem tudo, dona Lia!), até releva erros de legendagem... E lembra do tempo em que fazer um release com deadline pra ontem nem era tão ruim assim (embora, pros 99,87%, ainda seja "escrever um textinho qualquer, quem é que não sabe fazer isso?").
E aí tu descobre que não adianta, que as coisas que tu gosta são completamente incompreendidas pelo mundo, que só que tá no mesmo barco que tu entende o quanto a porcaria do barco balança e o quanto que aquele rombo no meio do casco quer dizer "Putz, que merda!". E nessas horas é que afloram todos os sentimentos de incompreensão e arrogância de familiares, amigos e namorados, que acham que o que tu faz é uma bobagenzinha qualquer, mas que tu ainda tem que ganhar rios de dinheiro com isso porque, afinal de contas, TU JÁ TEM VINTE E CINCO ANOS E PRECISA GANHAR A VIDA!!
E aí tu sai desesperadamente atrás de um emprego. QUALQUER emprego, porque a essa altura a tua cabeça chegou à conclusão de que tu é uma total incompetente e não sabe fazer nada, e pra quê um segundo diploma, se nem pra faxineira tu presta, e o que sobra é isso: uma massa inútil e desesperançada, que não sabe o que fazer com a própria vida.
(O mais engraçado é que a "sonoterapia" é completamente aceitável, desde que feita por uma pirralha egoísta de 20 anos que não sabe atravessar a rua sozinha e que nunca fez esforço na vida.)
Não tem dúvida de que os últimos 4 dias foram dos melhores do ano até agora.
Eu só queria que os meus dias bons não fossem sempre aqueles que eu fico longe da minha família.