31.10.05
Right here waiting
É patético admitir, mas existem momentos em que só a música mais inesperada consegue traduzir o que sentimos. Não existe nem a escolha de banda ou estilo: quem determina a nossa trilha sonora é o poder invisível (e inegável) que Murphy exerce sobre a programação da Continental. Sim, também é responsabilidade de Murphy o fato de que, naquele exato momento, todas as outras rádios estão em intervalo comercial, e só a Continental está tocando músicas.
E é por isso que o post de hoje - hoje, um dia esquisito por várias razões esquisitas que caminham comigo há 12 anos - consiste em apenas uma música, a música ideal para o que eu estou sentindo, mesmo que Murphy não tenha permitido uma versão bonitinha de uma banda de brit rock em ascensão:
Oceans apart day after day
And I slowly go insane
I hear your voice on the line
But it doesn't stop the pain
If I see you next to never
How can we say forever
Wherever you go
Whatever you do
I will be right here waiting for you
Whatever it takes
Or how my heart breaks
I will be right here waiting for you
I took for granted all the times
That I thought would last somehow
I hear the laughter, I taste the tears
But I can't get near you now
Oh, can't you see it baby
You've got me going crazy
Wherever you go
Whatever you do
I will be right here waiting for you
Whatever it takes
Or how my heart breaks
I will be right here waiting for you
I wonder how we can survive
This romance
But in the end if I'm with you
I'll take the chance
Oh, can't you see it baby
You've got me going crazy
Wherever you go
Whatever you do
I will be right here waiting for you
Whatever it takes
Or how my heart breaks
I will be right here waiting for you(eu juro que poupo teus ouvidos e não coloco isso no cd, ok? :*)
(5:12 PM)
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28.10.05
Everybody knows the way I walk and knows the way I talk
Primeiro dia da Feira do Livro e eu estou me sentindo tremendamente sozinha.
I'll do my crying in the rain...
(5:54 PM)
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25.10.05
Who wants to be ordinary in a crazy, mixed-up world?
I don't care what they're sayin'
As long as I'm your girl
Hey, you are on my side
And they, they just roll their eyes
You get me when nobody understands
You come and take the chance, baby
Hoje faz 3 meses que eu disse "oie" pra
ele pela primeira vez. Ainda meio com vergonha, sem saber o que dizer, porque tudo o que eu sabia é que ele era um cara muito legal. Sim, eu sabia que ele era um cara muito legal, e era por isso que eu queria falar com ele também... Eu só não achei que ele fosse me achar legal também... E então que nesses três meses (que parecem infinitamente mais), a gente se conheceu e ficou amigo e começou a namorar. Porque mesmo os medos (de ambas as partes) daquela coisa imensa chamada "distância" ficaram pra trás quando a gente percebeu que isso não era um problema - não pra nós.
Nenê, tu é a presença mais constante nos meus dias, e eles são cada vez melhores justamente por isso. Te adoro! :***
***
A primavera do RS é uma estação esquizofrênica. Ontem, às 14h horas, eu fritava em frente ao Margs, observando a movimentação dos operários que correm contra o relógio pra montar os estandes da Feira. Hoje, ao meio-dia, deixei a jaqueta no escritório esperando calor semelhante, e me deparo com o friozinho típico de outono.
Eu tenho rinite alérgica eterna.
***
Por falar em Feira... Yay!
Feira do Livro! Começa sexta-feira (e esse ano, sem falta, eu e a
Melissa realizaremos nosso ritual feirístico), e vai ser lindo! Eu sei que vai! Ainda mais que foi confirmada a vinda de uma das minhas escritoras preferidas pra cá, a Marina Colasanti. Ela é jornalista, tradutora e autora de livros infanto-juvenis e de teoria literária. Tipo... Ela é o que eu queria ser!
Mas não é só isso! Esse ano (como em todos os anos ímpares desde 1997), a Feira terá o apelo de fazer parte, involuntariamente, da
Bienal de Artes do Mercosul, transformando o já turbulento Centro de Porto Alegre num caldeirão de vida e cultura.
Não sei o que é que me emociona tanto nesses eventos. Acho que a idéia (utópica, é verdade) de que a arte e a literatura sejam tão importantes na vida das pessoas quanto o são para mim.
Depois que eu entrei na Ufrgs, isso claramente se consolidou. O meu contato com a Literatura se intensificou e, nesse semestre, o mesmo acontece com o universo das Artes Plásticas. Eu me sinto mais sensível à mensagem das coisas, quase um pára-raios de informação. Eu preciso ver, preciso conhecer, preciso saber...
Eu não saberia viver sem livros, sem filmes, sem televisão, sem conhecimento. Eu não seria uma pessoa realizada sem essa ânsia de saber sempre mais e mais.
Eu não seria eu se não fosse uma porto-alegrense que ama a Feira do Livro.
The only thing that sustains one through life
is the consciousness of the immense inferiority
of everybody else, and this is a feeling that
I have always cultivated.
- Oscar Wilde
(9:53 AM)
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22.10.05
I am on your side and so alive it isn't real
A vida é engraçada, sabe?
Engraçada em um
funny-English-Monty Python-Douglas Adams way. O que, na minha opinião, realmente torna tudo ainda mais engraçado.
Minha vida é um
seriado fictício que eu crio com a ajuda de amigos ainda mais loucos do que eu.
Ontem de manhã, saindo do Antônio lá da Reitoria, copo de café na mão, me peguei pensando no tempo. Não mais o clima esquizofrênico dessa cidade, mas o tempo em si - aquela convenção que divide os dias em horas, minutos e segundos. E não sei dizer se o tempo passa rápido demais ou se o tempo passa rápido demais. Quero dizer, eu constatei que o tempo passa rápido demais, mas ainda não defini se isso é bom ou ruim. Acho que depende do ponto ao qual tu te apega para observação (tipo "yay, faltam só 20 dias pro
Chico vir pra POA de novo!" ou "céus, falta menos um mês pra entregar meu trabalho de Sintaxe do Texto!").
Então que hoje eu fui no shopping e descobri que o tempo, como as liquidações de inverno e as prestações em 12x, é uma invenção do comércio.
Isso porque mal saímos do Dia da Criança - e as lojas ainda apresentam resquícios disso, misturados às promoções de Halloween - e as Americanas JÁ ESTÃO VENDENDO ÁRVORES DE NATAL!
(Cheguei a perguntar pro meu pai se não era mau gosto montar árvore de Natal antes do Dia de Finados, mas ele não soube me responder).
Tudo isso só mostra que os lojistas não estão ajudando em nada com o nosso senso de urgência. Os dias são atarefados, as semanas são corridas... Nem uma compra descontraída de final de semana ajuda a relaxar: dar de cara com um Papai Noel rebolante em pleno outubro automaticamente me faz pensar que o ano (e o mundo) está acabando, e que eu tenho que correr, correr, correr.
(Acrescente a isso um texto de um alemão maluco que, pra falar de tradução, fala sobre eventos e processos no continuum tempo-espaço - cortesia da prova de Lingüística que terei amanhã - e a minha nova crise existencial está formada...)
(E, no meio de tudo isso, a tua voz me acalma quando eu penso que nada mais faz sentido.)
(9:25 PM)
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21.10.05
Someone to understand my hopes and fears*
As pessoas com quem eu trabalho são doentes. Doentes mentais,
that is. Bom, o que eu poderia esperar de um trabalho para o qual eu fui indicada por
ela?
O que talvez tenha contribuído pra eu me acalmar um pouquinho. Mas só um pouquinho. Eu disse que fazer 4 cadeiras teóricas, mais o Mandarim, iria acabar comigo. Eu estou aprendendo coisas. Eu estou questionando conceitos. Eu estou enlouquecendo.
Eu estou começando a acreditar na Éda, strogonoff não existe.
Bom, eu não esperaria demais de uma jornalista/tradutora não graduada de 25 anos que morre de medo dos pais.
Mas, por outro lado, as coisas poderiam ser piores.
Acho que encontrar o ponto de equilíbrio demora, e eu só estou acostumada que as coisas pendam para o lado ruim. Agora que tem
alguém me puxando pro lado bom, eu travo e não sei como agir.
Aí vem o
Ju e manda um e-mail daqueles e a minha vontade é pedir o taco de baseball do Kamui emprestado.
Nessas horas, diga sempre "aqui, come esse chocolate".
Hmmmm, chocolate.
E sono. Vou lá dormir.
(*mantendo a coerência de títulos)
(1:21 AM)
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19.10.05
If only I don't bend and break
Rá!
*Quem* disse que eu tô bem?
(11:19 PM)
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17.10.05
How like you to make me want to play forever here behind your door
Ok, fim de semana agitado. Vamos por partes, senão eu me perco:
[Friday I'm in love]Minha sexta-feira seria *muito* melhor se todos os gerentes de banco passassem pelo mesmo maldito treinamento de "Atendimento ao cliente" que eu voluntariamente fui obrigada a fazer no Juvenil: a (in)capacidade de atendimento deles é impressionante!
Tudo isso porque fazia *duas semanas* que eu estava sem cartão do banco, graças a um incompentente que resolveu *cancelar* o meu cartão sem aviso prévio por causa da falta de pagamento da anuidade de um cartão de crédito que *eu nunca tive*. E eu só queria saber se, depois da *greve*, o meu cartão novo ia chegar logo.
O resultado disso é que eu *quase* não fui almoçar com a
moça carioca que veio nos visitar. No final, o almoço foi muito divertido, com direito a fotos, coelhinhos brancos e sorvete do McDonald's.
A tarde voou.
Daí os guris ficaram de passar aqui e me pegar, pra gente ir na Cidade Baixa. Aí que eu resolvi ligar pra casa e a minha mãe diz, calmamente: "teu cartão do banco chegou".
¬¬
Buscamos a menina Van e fomos pro Cavanhas. O Rodrigo estava nos esperando lá. Depois, recebemos o reforço da Edi e da Mariana. Ainda deu tempo pra uma mini-reunião do Leo da Vinci, já que eu encontrei o Gustavo, e a Suzi e o Francis. Depois de muita Polar e 373, levamos a Van no hotel e os guris me deixaram no aeroporto.
Com apenas 20 minutos de atraso (yay!), meu
nenê chegou! :~~
[Some day I'll be Saturday night]Dia de mostrar Porto Alegre pros estrangeiros! :P
O
Chico conheceu o Centro (Rua da Praia, Duque, Mercado, museus, CCMQ), o Gasômetro e o campus central da Ufrgs. Ainda encontrei o Yuki!! :D
Almoçamos no Moinhos Shopping, passeamos, vimos
Irmãos Grimm, jantamos.
A noite foi marcada pela frase: "Rafael, essa é A PIOR HORA DO UNIVERSO pra tu me ligar."...
[Sunday, bloody Sunday]Chuva.
Eu não entendi bem o que a
Fer quis dizer com "pelo visto tu pisou na bola com relação à chuva". A verdade é que não é que eu não goste de chuva, é que a chuva me deixa de mau humor. Assim como a gripe me deixa de mau humor. Qualquer coisa que me impeça de funcionar normalmente me deixa de mau humor. E sair na rua, me molhar, ter as minhas coisas molhadas e lembrar constantemente de não perder o guarda-chuva *me deixa de mau humor*. Simples assim.
Claro que passar uma manhã chuvosa de domingo vendo TV bem acompanhada não é ruim. Na verdade, é muito, muito bom.
Aí fomos almoçar no Shopping Total, onde recebemos o reforço do Dudu e da Menina Van. Passeamos (encontrei a Mel) e voltamos pro hotel, porque o moço precisava voltar pra SP. :(
Ele teve mais sorte do que eu, porque o vôo atrasou um pouco, mas saiu, e chegou lá não muito tarde.
Jà tô com saudade dele... Agora, só daqui a 25 dias (sim! já iniciei nova contagem regressiva!)
[Monday morning came too soon]Não ter aula segunda-feira é bom. Especialmente quando isso significa resolver questões burocráticas que me farão R$ 300 mais rica até o fim da semana!
(Ou nem tanto, já que é exatamente a quantia que eu devo pro meu pai).
[Resumindo]Eu sou uma coelhinha rosa e feliz. :D
(4:23 PM)
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13.10.05
Aqui,come esse chocolate
Morra, primavera, e todas as alterações climáticas e problemas respiratórios decorrentes dessa maldita estação.
DIE, DIE, BITCH, DIE.
Sério, o calor é injusto. É anti-democrático. Fanáticos por calor são como aqueles intelectuais cegos que só sabem listar as vantagens de sua ideologia, e não aceitam opiniões contrárias. Fanáticos por calor deveriam se juntar em uma seita messiânica e torrar no Deserto de Gobi.
O frio sim, é democrático. Porque, quando faz frio, existe a opção por colocar 2 ou 3 casacos. Dependendo do grau de tolerância que a pessoa tem ao frio. O calor não te dá essa escolha. É ou uma banheira de gelo ou a tortura eterna de suar feito um trabalhador braçal mesmo quando parado.
O calor deixa as pessoas feias, sujas e mal-humoradas.
O calor deixa *ME* mal-humorada.
Calor é TPM na décima potência.
(A previsão é chuva. A segunda coisa relativa ao tempo que me deixa mais mal-humorada)
(1:32 PM)
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11.10.05
I miss talking all night long with you
Eu sinto muito a falta de uma pessoa na minha vida. Infelizmente, quando chegou a hora de escolher entre essa pessoa e o meu orgulho, meu orgulho ganhou.
Não precisaria, é verdade, e pode parecer egoísmo meu, mas entre a amizade que a gente tinha a coisa "pela metade" que acontecia de uns tempos pra cá, eu prefiro a lembrança de dias melhores.
Eu sinto falta dessa pessoa (ok, pra fins de facilitar esse post, é um cara). Eu sinto falta dele por tudo o que eu aprendi com ele. Por tudo o que ele me contou, dividiu comigo. Talvez eu não tenha retribuído isso à altura. Mas espero que ele saiba o quanto ele significa pra mim.
Sinto tua falta, porra. But life goes on.
(3:26 PM)
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10.10.05
Sauna evaporated
Assim... Não é que eu não tenha assunto pra escrever aqui. Mas é que o template que a
Erika fez pra mim é lindo demais pra emoldurar as lamúrias de uma pobre estudante de Letras.
Já que não tem jeito, porque é ou isso ou esse blog cair no esquecimento, aqui vai mais um capítulo da saga "Roxy e o inferno astral semestral":
Estou cursando só quatro cadeiras na faculdade, sendo três teóricas (Lingüística, Sintaxe e Introdução à Arte) e uma inexistente (TTT, vide post abaixo). O problema é que discutir semanalmente questões de fidelidade, equivalência, o que é Arte, gênero textual, problemas de tradução, falta de política artística no Brasil, procedimentos técnicos e análise de abstrats deixa qualquer um ligeiramente bitolado (isso quando não aparece uma louca dizendo que strogonoff não existe). Aí isso se alia à falta de sono, ao excesso de trabalho, à temperatura esquizofrênica do RS na primavera, à própria primavera e seus efeitos nefastos no organismo humano, à falta de didática da professora de Mandarim e uma onda aparentemente inacabável de azar (mas, ao que parece, passou a minha vez, porque o Daniel, o outro estagiário, apareceu de muletas hoje)...
O resultado disso tudo é que eu sou uma pessoa ligeiramente cansada. Pensar cansa, ao contrário do que a minha mãe acredita - ela é firme seguidora da crença de que só o trabalho braçal é desculpa pra cansaço e que, portanto, eu tenho que calar a boca e continuar trabalhando e, de preferência, pagar parte do meu salário pra ela, por fazer o trabalho braçal por mim.
Só sei que, se eu pudesse, ficaria alguns dias sem pensar. Porque, se continuar assim, eu surto e vou vender côco na praia.
NA PRAIA.
Isso é uma ameaça!
[
update]
Apenas ilustrando a atual crise:
Mel B diz:e eu queria me inscrever pro doutorado
não vai rolar agora
mas em jornalismo que é beem mais fácil euaheh
Roxy diz:sim!... mas fazer o q no Jornalismo?
Mel B diz:cultura jaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaapa
uehaheh quero ser paga pra ler mangás
Roxy diz:eu pensei em nem terminar a graduação, e fazer um mestrado
mas eu tenho aquela neura de que sou burra demais pra fazer um mestrado, aí desisti
Mel B diz:mas tu já tá tão adiantada
ai ai ai ana, que bobagem
se tu é burra, o que é o resto da humanindade?
Roxy diz:feliz
(olhando pelo lado bom,
faltam 4 dias, 6 horas e 42 minutos pro
Chico vir pra cá!)
(1:13 PM)
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6.10.05
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Abstrair.
Ultimamente, abstrair é o meu refúgio, onde eu descanso a cabeça da série de problemas que se perfila na minha vida. Pra minha sorte, a aula de TTT é o próprio exercício de abstração, de acordo com as fases estabelecidas hoje em aula:
1. tristeza
2. raiva
3. negação
4. aceitação
5. indiferença
Só passando por essas fases para suportar duas horas e meias semanais de um discurso obtuso e sem sentido, em que as únicas coisas aprendidas até agora foram que "ecologia" se refere a "coisas da natureza" e que strogonoff não existe. Pelo menos no semestre passado, quando nós provamos na aula de Lingüística que unicórnios existem, o raciocínio era mais divertido e proveitoso.
Enfim. Abstrair é o meu exercício de descanso, minha forma de dormir com os olhos abertos. No ônibus, especialmente, com o sol do meio-dia batendo diretamente no meu rosto enquanto sobe a Antônio de Carvalho.
Acho que só abstraindo pra não chorar. E, definitivamente, eu cansei de chorar.
(3:57 PM)
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4.10.05
Nothing heals me like you do
Consegui terminar o manual em alemão lá na Elipse.
Consegui terminar a versão.
Meu cérebro precisa urgentemente de férias, só que eu acabei de lembrar que sábado tem prova de Mandarim.
Gah!
(Pelo menos faltam só 9 dias pra eu ganhar colo! :~~)
(10:54 PM)
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Stop, look, listen to your heart
Mal entendidos nunca são legais, mas eu sei melhor que ninguém que, quando alguém quer se convencer de uma verdade, não escutar os outros é a primeira coisa que se faz. Aí, não adianta tentar conversar, consertar, explicar, isso só torna a "teoria conspiratória" mais forte e o efeito acaba sendo o contrário do desejado.
Eu entendo que a gente precisa manter as nossas convicções acerca das coisas e pessoas que amamos. Mas eu também sei que, se existe alguma coisa fácil nesse mundo, é a gente se enganar com a ilusão do amor e deixar de enxergar o lado prático, racional das coisas.
Mais uma coisa que eu também aprendi nesses últimos 25 anos - infelizmente, diga-se de passagem - é que, se teus amigos de verdade cheiram merda catastrófica adiante, é porque ela vai acontecer. Não imediatamente, claro, mas eventualmente. Claro que não dá pra entrar na paranóia de achar que tudo vai dar errado e antecipar a catástrofe. Mas escutar e refletir é sempre um bom meio de evitar problemas futuros.
Isso vindo de uma pessoa que perdeu quase todos os amigos de uma só vez (
Mel e Rafa, amo vocês por ficarem do meu lado!) e que, nesse processo, encontrou novos amigos que foram fundamentais pra evitar que o apocalipse acontecesse de novo (os meus
Lost Boys... O Dudu e o Dani, mais especificamente). Isso vindo de alguém que viu o mal que uma pessoa pode causar a outra em nome do "amor". Isso vindo de alguém que perdeu um amigo recentemente porque, entre os amigos e a namorada, ele preferiu a namorada - mesmo com repetidos avisos de que ela é a filha do demônio (pra ser *beeeeeeem* boazinha com a moça).
Ou seja: eu já vi essa situação antes. Eu já fui centro dessa mesma situação. E o que eu aprendi com isso é que, no fim das contas, são os amigos que seguram a tua barra. Amor? Sim, amor ajuda muito nessas horas, mas se tem um tipo de amor que eu *sei* que é capaz de fazer isso, é o amor fraternal de um grupo de pessoas que tem o amor mais desinteressado possível - e *isso* é amizade.
Até porque eu li muito romance de cavalaria pra ver que amor medieval, aquele em que a palavra-chave é SACRIFÍCIO, não funciona pra mim. Até porque eu penso que homens e mulheres *de verdade*, que queiram fazer um relacionamento dar certo, vão fazer isso porque querem, não como um ritual messiânico de doação e penitência. Tipo... Eeeeeew!
E olha que
meu namorado mora em São Paulo! Se eu achasse que a distância é um problema, eu nem teria começado a conversar com ele. Se eu achasse que morar a 2 estados de distância é um "sacrifício", é óbvio que eu não teria aceitado namorar com ele. Mas a gente conversou e viu que era possível manter as coisas desse jeito, e lida com isso da melhor forma possível. A Embratel agradece, mas funciona. Sem sacrifícios!
Eu só acho que tomar decisões radicais, partindo de achismos - e tudo o que foi dito, de ambos os lados, é achismo - não ajuda em nada. E tomar partido, nessas horas, pode ser uma decisão sem volta. Acho que é por isso que eu sempre tomo o partido dos meus amigos: se for pra cair, que seja onde tem mais gente, que a queda é menos dolorida.
(9:10 AM)
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2.10.05
Normal is the watchword
É bom quando as coisas voltam ao normal.
Do tipo saber que tem um episódio novo de
Veronica Mars toda a semana, a partir de agora.
Do tipo o computador da Bebe voltar a funcionar (graças ao
Dudu!), e assim eu poder ver seriados.
Do tipo ir ao Cavanhas e à sinuca no sábado à noite.
Do tipo saber que eu tô quase terminando aquela versão.
Do tipo saber que meu
namorado vem me ver em duas semanas.
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Acho que vou me acostumar a ter uma vida normal. Gosto dela.
(11:48 AM)
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